segunda-feira, julho 30, 2007
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domingo, julho 08, 2007
sábado, julho 07, 2007
sexta-feira, julho 06, 2007
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
quinta-feira, julho 05, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
terça-feira, julho 03, 2007
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O que acontece, porém, é que muito mais que escrever me interessa falar [...]; o que escrevo será, pois, exactamente o que seria uma transcrição fiel do que se poderia ter falado e talvez fosse de bom conselho a quem o lesse que o fizesse alto, para me ouvir, mais do que ler-me [...]. Mas o mais grave é que mesmo o falar me parece de menor interesse; o que se tem de importante a participar, ou a comunicar, sempre as duas palavras no seu significado etimológico de fazer do outro uma parte de nós ou um comungante do que somos, isso se faz chegar e a nós volta, mais rico, muito mais pelo silêncio do que pela palavra, escrita ou falada.
Agostinho da Silva | Educação de Portugal [1970]
Agostinho da Silva | Educação de Portugal [1970]