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O que acontece, porém, é que muito mais que escrever me interessa falar [...]; o que escrevo será, pois, exactamente o que seria uma transcrição fiel do que se poderia ter falado e talvez fosse de bom conselho a quem o lesse que o fizesse alto, para me ouvir, mais do que ler-me [...]. Mas o mais grave é que mesmo o falar me parece de menor interesse; o que se tem de importante a participar, ou a comunicar, sempre as duas palavras no seu significado etimológico de fazer do outro uma parte de nós ou um comungante do que somos, isso se faz chegar e a nós volta, mais rico, muito mais pelo silêncio do que pela palavra, escrita ou falada.
Agostinho da Silva | Educação de Portugal [1970]
Agostinho da Silva | Educação de Portugal [1970]
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